Como
você se sentiria se acordasse e descobrisse que está sozinho em um planeta
inóspito?
Qual é a história?
O
astronauta Mark Watney é a décima sétima pessoa a pisar em Marte, mas a
primeira pessoa a ser deixada viva no planeta vermelho. Na verdade, Mark
deveria ter morrido em um terrível acidente depois que uma tempestade de areia
abortou a missão Ares 3. Sem opção, seus companheiros de viagem deixam o
planeta com a certeza de que perderam um amigo e tripulante. Mas disposto a
viver, Mark consegue driblar a morte e traçar um plano para manter-se vivo.
“(...) Vocês podem
imaginar como fiquei decepcionado ao descobrir que o VAM tinha ido embora. Foi
uma sequência ridícula de acontecimentos que quase me fez morrer e uma
sequência ainda mais ridícula que me fez sobreviver. Todo mundo conseguiu, menos
eu (...).”
Divertindo-se com o
herói.
O
protagonista Mark Watney tem um grande carisma e senso de humor. Mesmo diante
das adversidades que encontra dia após dia no planeta vermelho, que levaria uma
pessoa ao desespero, Mark possui uma visão positiva e acredita que regressará a
Terra.
Há
momentos em que você se desespera junto com Mark, outros em que se vê dando
boas risadas com ele. Mas em nenhum momento, você e ele se esquecem de que
estão sozinhos em um deserto árido.
“(...) Teddy girou
a cadeira e olhou pela janela, em direção ao céu. A noite estava caindo. - Como
deve ser? – perguntou. – Ele está perdido lá. Acha que está totalmente sozinho
e que desistimos dele. Que tipo de efeito isso pode surtar no psicológico de um
homem? – em seguida, virou-se de novo para Venkat. – Fico me perguntando o que
ele está pensando neste instante.
Diário de Bordo:
Sol 61
Por que o Aquaman
consegue controlar baleias? Elas são mamíferos! Não faz sentido(...).”
Quando o vilão é
tão legal quanto o mocinho.
Não
há um vilão nesta história, apenas um planeta árido que dificulta os planos de
Mark para manter-se vivo. Mas nada é intencional. Apenas é Mark quem não se
adapta a Marte. E nós nos perguntamos durante a leitura. Não foi a escolha de
Mark e de seus companheiros de viagem, pousar no inóspito planeta?
Cochilando no sofá.
Não
é bem um cochilo, mas umas piscadas. Durante a leitura, em alguns capítulos, o
leitor terá apenas Mark e Marte ‘caminhando’ pelas linhas das páginas e
trocando confidências. Mesmo ao lado de um protagonista tão carismático, os
cálculos e as experiências científicas relatadas por ele, serão um pouco cansativas.
Torcendo o nariz.
É
mais agradável ficar em Marte com Mark do que retornar a Terra e acompanhar as
reuniões no Centro Espacial Johnson.
Com o nariz dentro
do livro.
Os
capítulos finais - quando Mark parte em uma viagem para a cratera de
Schiaparelli, a 3.200 km de distância de Acidalia Planitia, onde está a base da
Ares 4, até o suspense do seu resgate pela Hermes - são eletrizantes.
A obra será
adaptada para o cinema?
Sim,
'Perdido em Marte' ganhou uma adaptação para os cinemas. Dirigido por Ridley
Scott traz Matt Damon no papel do astronauta Mark Watney. A 20th Century Fox lançou
o filme nos cinemas no dia 25 de novembro de 2015.
Perdido
em Marte (The Martian)
De
Andy Weir
Tradução
de Marcello Lino
1ª
edição/2014 – 336 págs.
Editora
Arqueiro

