O Hobbit
De J.R.R.Tolkien
De J.R.R.Tolkien
"Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo; tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que se sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto.”
(Livro O Hobbit - Capítulo I - Uma festa inesperada)
O caminho até a obra
Lembro-me quando encontrei meu primeiro livro do universo tolkieniano. Era uma tarde chuvosa de sexta-feira e a livraria estava tranquila. Minha intensão era a de encontrar um livro para ler nas próximas semanas. Um livro que trouxesse uma história complexa e original.
Então, após uma longa procura encontrei um pequeno livro. Discreto, com uma capa azul claro com losangos de uma tonalidade de azul mais escuro, a obra estava ao lado de outra, que se chamava O Senhor dos Anéis. Comparada aos outros livros, O Hobbit não possuía nenhum charme. Mas assim que o tomei em mãos e folheei suas páginas, senti que faria uma longa viagem através de suas vastas terras.
E foi isso o que aconteceu depois de conhecer um pequeno e simpático hobbit, que vivia nas verdes Colinas do Condado. Num lugar onde a grama era bem aparada e tinha portinhas redondas que abrigavam um hospitaleiro e feliz povo de pés grandes e peludos.
Era o inicio de uma amizade duradora.
Embarcando em uma nova jornada
Embarcando em uma nova jornada
Caminhamos ao lado de Frodo Bolseiro e a Sociedade do Anel. Agora retornamos no tempo e conhecemos um jovem hobbit que partiu em uma expedição com a Companhia de Thorin Escudo de Carvalho, para recuperar um tesouro guardado por um dragão.
Sessenta anos se passaram desde que Bilbo Bolseiro fez sua jornada ao lado do Mago Gandalf e de seus amigos anões. Sentado confortavelmente em sua cadeira, nosso velho hobbit escreve suas aventuras para o primo Frodo Bolseiro. Ao lado dele, embarcamos em suas lembranças pelas Terras Solitárias; por Valfenda, a bela e última Casa Amiga; pelas tenebrosas Montanhas Sombrias com seus túneis estreitos e escuros; pela Casa de Beor, um troca-peles; pela maior das florestas do mundo do norte, a Floresta das Trevas; passando pelo Reino do Rei Élfico Thranduil, atravessando a Cidade dos Homens do Lago até chegar à Montanha Solitária.
Marcando um encontro
Marcando um encontro
Na adaptação da obra para o cinema, Bilbo encontra-se com personagens que não conhecemos, mas que logo se tornaram tão importantes para a trama quanto nossos velhos conhecidos. Como Turiel, a corajosa Capitã da Guarda dos Elfos da Floresta das Trevas; Bain, Sigrid e Tilda, os filhos do arqueiro Bard, herdeiro do rei Girion de Valle; Alfrid, que serve ao Senhor da Cidade do Lago.
Mas há velhos conhecidos como Elrond, o Senhor de Valfenda, a Última Casa Amiga; A Elfa Galadriel, o Grão-orc das Montanhas; a pequena criatura Gollum; o Mago Saruman e o Elfo Legolas, o Príncipe do Reino da Floresta.
Explorando novos caminhos
O diretor Peter Jackson criou belas e poéticas sequências de ação e passagens na trama que sempre lembraremos quando a palavra Hobbit surgir em nossa visão ou soar em nossos ouvidos.
As cenas de guerra são visualmente belas e grandiosas como as da trilogia 'O Senhor dos Anéis'. Mas há neste cenário de luta e morte, passagens que ficarão marcadas para sempre em nossa memória, como a triste despedida do anão Kili e da elfa Tauriel; a intensa batalha entre o bem e o mal travada por Galadriel, Elrond, Saruman, Radagast e Sauron para salvar Gandalf aprisionado em Dol Guldur pelo Necromante e a luta desesperada de um rei para recuperar sua sanidade e honra. Passagens criadas com perfeição e sensibilidade, que nos envolvem no mundo criado pelo autor inglês J.R.R. Tolkien. Uma bela despedida que já deixa saudades.
Adaptando para o cinema
Jackson sempre revelou o desejo de filmar O Hobbit, mas isso foi somente possível após o sucesso da trilogia ‘O Senhor dos Anéis’. A complexa obra da fantasiosa Terra-Média de Tolkien sempre foi considerada pelos críticos como uma obra impossível de ser filmada. Mas o diretor Peter Jackson e sua equipe provaram que era, sim, possível.
‘A Sociedade do Anel’, ‘As Duas Torres’ e ‘O Retorno do Rei’ arrecadaram mais de US$ 3 bilhões ao redor do mundo, além de 17 estatuetas do Oscar. Então em março de 2011, Peter Jackson iniciou as filmagens de ‘O Hobbit’, novamente em Wellington, capital da Nova Zelândia.
Se na trilogia ‘O Senhor dos Anéis’ a dificuldade encontrada foi a de condensar um material tão extenso e complexo em três filmes, no caso de ‘O Hobbit, o problema foi a de encontrar material que preenchessem os três filmes. Menos complexa e longa que a do ‘O Senhor dos Anéis’, a história de ‘O Hobbit’ precisou ser bem trabalhada por Jackson e pelas roteiristas Philippa Boyens e Fran Walsh, que com a ajuda de textos adicionais de Tolkien, conseguiram tornar esta história infantil em mais uma das mais belas trilogias para os cinemas.
