Como as histórias começam...


Quando decidi escrever a história de fantasia povoada por anjos, elementares, ondinas... ainda não havia terminado o meu esboço. Aliás, essa é a parte mais divertida! Quando ainda estamos encontrando e transformando nossos pensamentos em ideias. Sem nos preocuparmos com o texto em si, mas apenas com a busca de palavras que serão capazes de tornar algo construído pela nossa imaginação, em algo visível para os nossos leitores.

Ter ideias não é uma ação tão difícil quanto capturar os pensamentos flutuantes que apenas nós conhecemos e prendê-los nas linhas da folha de um papel. 

Foram meses de pesquisa antes de escrever as primeiras linhas de 'Sopro de Inverno'. De caminhar por verdejantes morros, voar por florestas cobertas por tapetes de folhas secas, nadar por labirintos guardados por ninfas. 

E as palavras que eu me lembro daquela época, sentada e de frente a minha escrivaninha foram: 

“Era o primeiro dia da estação mais fria do ano, o Inverno, quando um jovem chamado Gabriel Barlan foi visto pela última vez por um pastor de ovelhas. Gabriel caminhava pelo Vale dos Campos. Amanhecia e a densa e fria neblina da madrugada ainda não havia se dispersado.

Conta o pastor que de longe, apenas conseguiu avistar o jovem mergulhar nas profundas, geladas e turbulentas águas do destemido Rio Estreito. Desesperado, ele havia corrido em seu auxílio. Mas para sua decepção, nada viu quando chegou próximo à margem.”

Foram com elas que tudo começou. E as suas histórias, como começam? 😉😘