Contando um Conto

O homem pisou na Lua pela primeira vez, há quase cinco décadas. A NASA tinha motivos para não enviar mais ninguém até lá. Mas não foi isso o que aconteceu...

Qual é a história?
Acompanhamos três adolescentes – a norueguesa Mia, a japonesa Midori e o francês Antoine – que vencem um sorteio mundial promovido pela NASA e partem para uma estadia de uma semana na base lunar DARLAH 2.

Estamos no ano de 2018. Logo a empolgação e os planos que cada um traçou para si começam a ruir. Algo ou alguém passa a acompanhar os passos dos jovens na solidão do solo lunar.

Divertindo-se com o herói
Em 172 Horas na lua há três protagonistas: a norueguesa Mia, vocalista de uma banda que sonha ter sucesso; a japonesa Midori, que quer fugir da cultura de seu país e o francês Antoine, que tenta esquecer a ex-namorada. E você torcerá por cada um deles.

Quando o vilão é tão legal quanto o mocinho.
Nosso vilão é um enigma. O leitor precisará estar atento para encaixar as informações que o autor lança no decorrer dos capítulos.  Serão boas páginas de leitura até que o leitor compreenda quem ele é e como ele é. E valerá apena ter aguardado.

Cochilando no sofá.
No início, o leitor precisará ter um pouco de paciência. Harstad apresenta detalhadamente cada personagem, antes de dar início à história e acelerar o seu ritmo. São três partes – A Terra, O Céu e Depois. A ação inicia-se a partir da segunda parte, quando a tripulação chega ao Mar da Tranquilidade. E assim que a nave Ceres pousa na Lua, tudo começa a acontecer.

Torcendo o nariz.
Sinceramente, o desfecho da história me decepcionou um pouco. Sabe quando a história precisa terminar em um determinado ponto, mas o autor teima em acrescentar algumas páginas a mais? É o caso de 172 horas na Lua. Mas nada que comprometa  a curiosidade do leitor sobre o que acontecerá.

Com o nariz dentro do livro
A ação inicia-se na segunda parte, ‘O Céu’, a partir do capítulo ‘O Alarme’. Deste ponto em diante, você não conseguirá tirar mais o nariz de dentro do livro, tal a narrativa bem estruturada do autor. Johan Harstad conduz a história com o ritmo certo. Há aventura e um suspense que chega à fronteira de uma história de terror. Mas um terror psicológico, do qual o leitor não conseguirá se desvencilhar e fechar os olhos.

Paralela à trama, há um personagem que merece sua atenção. Oleg Himmelfarb, um velho senhor que mora em uma Casa de Repouso, mas que foi um ex-administrador que tinha acesso ao mais alto nível de segurança no Goldstone Deep Space Communications Complex da NASA, no meio do deserto de Mojave. Esse calado senhor traz grandes segredos e revelações sobre o que há no lado oculto da Lua.

A obra será adaptada para o cinema?
Não. Até o momento, não houve interesse de nenhum estúdio em filmar a história. Mas que ela agradaria o público, agradaria.


 

172 Horas na Lua (172 Hour on the moon)
De Johan Harstad
1ª edição/2015 – 280 págs.
Tradução de Camila Fernandes
Editora Novo Conceito