Em “As Sombras do Mal” conhecemos a história da novata agente do FBI Odessa Weekly que se vê questionando a própria sanidade ao atirar e matar seu parceiro Leppo, um agente veterano. Ela ainda não compreende o motivo que o levou a atacar a vítima que ele protegia, mas Odessa tem certeza de ter visto um vulto sair do corpo do amigo, após seu último suspiro.
A resposta parece vir quando ela encontra fitas antigas guardadas por um agente aposentado. Será através delas que Odessa começará a compreender a história dos incorpóreos. Espíritos vis que se alimentam de emoções e que se apoderam de suas vítimas. Hugo Blackwood já conseguiu capturas três delas.
A presença dos incorpóreos pelas linhas das páginas de “As Sombras do Mal” é aterrorizante e o leitor precisará de toda a sua coragem para aprender a conviver com eles e seguir em frente ao lado de Odessa.
E esse aprendizado deverá continuar na obra “Garotas em Chamas”. História que se passa na pequena cidade chamada Chapel Croft. Um lugar que oculta muitas histórias que os habitantes preferem guardar para si mesmos. Mártires protestantes queimados em fogueira há cinco séculos, adolescentes desaparecidas, exorcismos e mortes envolvidas em mistérios.
É neste ambiente que a reverenda Jack Brooks chega com sua filha adolescente para assumir a paróquia local, já que o seu antecessor se enforcou na nave da igreja. Com três narradores – a reverenda Jack Brooks, sua filha Flo e um misterioso homem – Tudor conduz o leitor por uma trama cheia de segredos, mistérios e revelações.
Assim como em seus livros anteriores, a autora mescla suspense com mistério. Mas ao contrário do thriller de suspense “O Homem de Giz”, Tudor desenvolve a história de “Garotas em Chamas” com uma narrativa mais crua e macabra que incomoda. Em alguns capítulos a crueldade dos personagens despertaram um mal-estar, uma inquietação que os fãs do estilo de escrita da autora irão vibrar.
