Sem Miss Marple e Hercule Poirot para no acompanhar pelas linhas da narrativa, somos apresentados à história pelo personagem protagonista, Michael Rogers, que nos conta sua vida de chofer em uma empresa de carros alugados à marido de uma jovem herdeira norte-americana do mundo do petróleo.
Como no teatro acompanhamos a história em três atos. No primeiro, conhecemos a esposa de Mike, Ellie Goodman, além do primeiro contato do protagonista com o pequeno vilarejo onde há uma propriedade chamada Passo do Cigano. Lugar onde acontecem acidentes inexplicáveis, mas pelo qual Mike logo desperta o desejo de construir uma casa e viver em suas terras. Mesmo sendo advertido por uma cigana de que o lugar é amaldiçoado.
Já no segundo ato, acompanharemos a vida de casado dos jovens, a mudança para a nova casa, a interferência dos familiares e amigos em sua rotina, como o início de alguns estranhos acontecimentos.
E como se trata de uma história da rainha dos mistérios seremos compelidos a repensar nossas conclusões acerca de cada um dos personagens apresentados na trama. Como se trata da descrição e opinião de um narrador que também faz parte da história, vivenciando os acontecimentos, o leitor precisa usar de toda sua perspicácia e intuição para chegar a uma conclusão. O que Mike nos reporta é o que de fato ocorreu?
Uma trama onde desempenharemos os papéis de Marple e Poirot para chegarmos à verdade e compreendermos o desenlace de tudo que virá no terceiro ato. Uma leitura divertida e empolgante!
