Sempre achei que via as coisas de um modo diferente. Via coisas que outros não viam. Nunca falei nada. Não queria ser diferente. Quem iria querer?.”
(Filme - O Doador de Memórias)
O caminho até a obra
Fiz o caminho inverso do que costumo fazer. Assisti ao filme primeiro para
depois sair à procura do livro. Um pequeno livro com 185 páginas que não
desperdiça nenhuma palavra e parágrafo para transmitir uma ideia interessante.
A de um mundo privado de doença, medo e dor. Onde as pessoas mantêm seus sentimentos sob controle e escolhe um dentre todos, para desempenhar um papel especial: o de Recebedor de Memórias. O que significa ser o único a guardar lembranças, sensações e sentimentos que foram banidos da sociedade.
Confesso que prefiro ler a obra literária primeiro, já que a ideia original é a do autor. É através dele que enxergamos os personagens e conhecemos cada um deles. Como pensam, como sentem e reagem diante dos acontecimentos que vão desenrolando durante a história.
Por isso, assim que conheci o Jonas do livro, esqueci-me completamente o do filme e me permiti olhar para ele como um estranho que precisava ser apresentado.
Na verdade, precisei me esforçar, já que o Jonas do livro era um garoto de 12 anos e não um adolescente de 16 anos, como foi retratado no filme. Diferenças que não mudaram minha simpatia pelo carisma do sensível, inteligente e corajoso Jonas.
