Dando vida aos Contos, Branca de Neve

Olá! Era uma vez uma bela princesa de pele branca como a neve, lábios vermelhos como o sangue e cabelos negros como a noite que desperta a inveja de sua Madrasta.

Descobri o conto ‘Branca de Neve’, dos Irmãos Grimm, em meus livros de contos de fadas. Clássico que ganhou vida quando o estúdio Walt Disney contou sua história para às telas do cinema em 1937. 

Embora a maçã envenenada tenha ganhado destaque no longa-animado e a Rainha Má tenha visitado a casa dos anões apenas uma única vez – foram três visitas, na versão dos Grimm – a história da Disney tornou-se a versão mais conhecida do público. Uma pena! Com a releitura do conto, muito se perdeu da essência do conto original, onde os anões não têm tanta importância na história. É nossa princesa branca como a neve, retratada em filmes - como o divertido 'Espelho, Espelho Meu' de Tarsem Singh e o sombrio 'Branca de Neve e o Caçador de Rupert Sanders' – que tem destaque. Mas não há como negar que a adaptação da Disney é uma graça! E eu confesso que não me canso de assistir ao longa-animado.

Sua narrativa, escrita para ser lida tanto pelas crianças quanto pelos pais delas é como qualquer outro conto de fadas onde há princesas, príncipes, bruxas e provas de amor. Na versão dos Grimm, porém, o desfecho é um pouco trágico para os pequenos compreenderem. Nossa Madrasta na versão alemã tem um final bem severo. Ao contrário do conto da Disney, nossa rainha não morre caindo do alto de um morro, mas no casamento da princesa.

Convidada, sem que soubesse, pela Princesa e pelo Príncipe para o casamento, a Rainha Má recusa o convite, mas curiosa, decide ir. Assim que entra no salão reconhece Branca de Neve. Assustada, não se move. Para ela, porém, como castigo, um par de sapatos quentes em brasa foi preparado. Obrigada a calçá-los, ela dança com eles até cair morta.

Um final um tanto trágico, não acha?