Houve uma época em que eu frequentava, assiduamente, uma biblioteca. Tinha uma carteirinha com espaços escritos a mão que traziam a data de retirada e devolução do livro e a assinatura dos bibliotecários. E aí de mim se não devolvesse o livro na data, rs... Além da multa, havia como ‘punição’, a proibição de se retirar qualquer outro livro se o anterior não fosse devolvido. Mas o pior era o olhar atravessado dos bibliotecários!
Mas além deles atrás do balcão, que pareciam sempre bravos e prontos para pedir que fizéssemos silêncio (hoje, eu concordo com eles!), sinto falta das estantes de livros que preenchiam os corredores. Foram em suas prateleiras que descobri muitos autores (as) e histórias. Em que puxei, sem tirar da estante – acho que todo mundo já fez isso! –, os livros para ler suas sinopses.
As mesas de leitura com suas lâmpadas fracas e pequenas pareciam nos encorajar a ler os livros e a escrever. Muitos dos meus primeiros rascunhos foram iniciados nessas mesinhas.
Mas hoje, parece que as bibliotecas online se tornaram as preferidas da nova geração. Rápidas, cômodas e sem graça, elas são baixadas em celulares, tablets e laptops. Com elas não há poeira, cheiro de livro novo, perigo de se encontrar um livro para depois perdê-lo. E com a pandemia, elas se tornaram mais divulgadas, requisitadas e adoradas.
Em seu livro ARTE IMPORTA, o escritor Neil Gaiman escreve em um dos capítulos “Por que nosso futuro depende de bibliotecas, leituras e devaneios”, a importância das bibliotecas e dos bibliotecários para se criar o universo dos livros e dos leitores.
“Bibliotecas representam liberdade. Liberdade de ler, liberdade de expressar ideias, liberdade de se comunicar. Elas promovem educação, entretenimento, espaços seguros e acesso à informação.”
Então, que tal fazer uma visita?
