Leitura e bate-papo!

Olá! Emenda de feriado! Aproveitei o dia ensolarado para dar uma caminhada. Cheirinho de mata com friozinho da manhã é reconfortante. Gosto de sentir o silêncio da manhã, de escutar meus passos nas pedrinhas da trilha e ouvir apenas os pássaros. É sempre uma forma de recarregar as baterias. E vocês, gostam de caminhar ao amanhecer?

E como o sol estava quentinho, fotografei no jardim o livro que escolhi para conversarmos hoje! Como já tinha dito antes, no nosso bate-papo de janeiro, época em que recebi o livro da editora Intrínseca, que eu já sabia que iria gostar dele, antes mesmo de iniciar a leitura. Vocês já tiveram essa sensação com alguma obra? Eu tive com Mar da Tranquilidade de Emily St. John Mandel, premiada autora do best-seller 'Estação Onze'.

Este é um livro que nos conduz através de suas páginas, sem que percebamos para onde estamos indo. A história inicia e deixamos que ela nos leve através dos séculos, ao lado de Gaspery, o viajante do tempo. Nos afeiçoamos de tal modo a ele, que o acompanhamos e o ajudamos a investigar uma anomalia espaço-temporal que entrelaça os destinos de diferentes personagens ao longo da linha do tempo do universo.

O romance pós-apocalíptico traz alguns elementos que eu gosto de encontrar em uma obra, como a viagem no tempo, o amor, a arte e a pandemia. A pandemia... como já a vivenciamos e passamos por este triste período, conseguimos sentir toda a angústia e medo que sente uma das personagens, a escritora Olive Llewelly.

Mas vamos conhecer um pouco da história...

Tudo começa com Edwin St. Andrew, um garoto de 18 anos que cruza o Atlântico em um navio a vapor, em 1912, após uma discussão acalorada com sua família. Na nova terra, o exilado Edwin se embrenha em uma floresta canadense, fascinado pela beleza da natureza selvagem. Será neste lugar que ele ouvirá as notas de um violino ecoando em um terminal de dirigíveis — experiência que o deixa profundamente perturbado.

Dois séculos depois, Olive Llewellyn, uma escritora famosa, sai em turnê para divulgar seus livros. Ela está viajando por toda a Terra, mas seu lar é a segunda colônia lunar, um lugar feito de pedras brancas, torres pontiagudas e beleza artificial. No best-seller de Olive, um romance pandêmico, há uma passagem estranha: um homem toca violino para ganhar uns trocados no corredor de um terminal de dirigíveis, quando, de repente, as árvores de uma floresta se erguem ao seu redor.

Quando um detetive da Cidade Noite — onde o céu é perpetuamente escuro — é contratado para investigar uma anomalia nas florestas da América do Norte, ele descobre uma série de vidas reviradas: o filho exilado de um conde levado à loucura, uma escritora atormentada enquanto uma pandemia devasta a Terra e uma amiga de infância da Cidade Noite que, como o detetive, vislumbrou a chance de fazer algo extraordinário.

As atitudes de Gaspery, que viaja através dos séculos e se encontra com várias pessoas são questionáveis, porém, apesar de suas decisões interferirem na linha do tempo, não deixamos de acompanhá-lo e caminhar ao seu lado. 1918, 1990, 2008 e, por fim, 2195. Por que esses anos e essas pessoas estão todas interligadas? Apenas lendo a obra para descobrir.

Uma boa leitura e um bom final de semana!