Descanso e diversão...

 

Olá! Como vocês estão? Novembro está chegando e com o mês algumas produções que eu estou curiosa para assistir. Uma delas é Frankenstein, produção que estreia nos cinemas no próximo dia 26. No dia 07/11, o filme estará disponível na Netflix. Dirigido por Guillermo del Toro, o filme é baseado na clássica história de Mary Shelley, que publicou a obra em 1818. 

Vocês já leram a obra? Que tal conversarmos um pouco sobre a história e as questões abordadas pela autora? Vamos lá então...

Em alto-mar, numa isolada e fria região, Robert Walton escreve cartas sobre suas aventuras para sua irmã Margareth. Navegando em direção ao Polo Norte, o corajoso e inexperiente capitão encontra e resgata Victor Frankenstein. Debilitado fisicamente e psicologicamente, Victor conta sua história a Walton.

Desde o início acompanhamos os estudos do inteligente Victor que sonha encontrar o segredo da imortalidade para sua raça. É o desejo do homem em controlar a natureza, em ser um Deus. “... A vida e a morte pareciam-me fronteiras que eu precisava romper, a fim de despejar uma torrente de luz sobre nosso mundo de trevas. Uma nova espécie haveria de abençoar-me como seu criador; muitos seres bondosos e felizes deveriam a mim sua existência.” (Capítulo 4)


Criando vida a partir de matéria morta, Victor vê seu desejo se concretizar. Mas em sua imaturidade e fraqueza, ele rejeita sua criação, abandonando-a à sua própria sorte. Sem beleza e de aparência assustadora, a criatura desperta medo e repulsa nos homens que encontra em seu caminho. Agredida e perseguida torna-se um ser amargo e sofrido. Sentimentos que a levam a se tornar um ser cruel e vingativo. “Diante de tanta incompreensão e injustiça, tangido pela revolta, assassinei criaturas inocentes, que nem mesmo sabiam da minha existência.” (Capítulo 24), revela a criatura diante do leito de morte de seu criador.

Em sua obra, Mary Shelley desperta profundas questões sobre a ética e a moral. Em vários momentos, alterna o narrador entre Walton, Victor e a própria criatura que apesar de seus atos cruéis traz bondade em seu coração. Desta forma, a autora permite que seu leitor conheça os desejos e ambições de cada personagem, bem como, a maneira como cada um se responsabiliza pelas consequências de seus atos. Ao leitor fica a pergunta: tem o homem direito e capacidade de brincar de Deus? A queda física e moral de Victor demonstra que não.