“Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo; tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que se sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto.”
(Livro O Hobbit – Capítulo I – Uma festa inesperada
Lembro-me quando encontrei meu primeiro livro do universo tolkieniano. Era uma tarde chuvosa de sexta-feira e a livraria estava tranquila. Minha intenção era a de encontrar um livro para ler nas próximas semanas. Um livro que trouxesse uma história complexa e original.
Então, após uma longa procura encontrei um pequeno
livro. Discreto, com uma capa azul claro com losangos de uma tonalidade de azul
mais escuro, a obra estava ao lado de outra, que se chamava 'O Senhor dos Anéis'.
Comparada aos outros livros, 'O Hobbit' não possuía nenhum charme. Mas assim que
o tomei em mãos e folheei suas páginas, senti que faria uma longa viagem
através de suas vastas terras.
E foi isso o que aconteceu depois de conhecer um pequeno e simpático hobbit,
que vivia nas verdes Colinas do Condado. Num lugar onde a grama era bem aparada
e tinha portinhas redondas que abrigavam um hospitaleiro e feliz povo de pés
grandes e peludos.
Era o início de uma amizade duradoura.
