Olá! Como vocês estão? Hoje quero conversar com vocês sobre as leituras que farei em 2025. Sempre que o ano se inicia, separo 12 livros que irei ler nos próximos meses. Não estipulo datas de início para as leituras, mas deixo as obras na estante do meu quarto para que eu possa visualizá-las todos os dias. Como um post-it grudadinho em um quadro.
Mas lerei outros livros? Sim, pois outros chegarão nos próximos meses. Então, qual é o motivo de eu separar esses 12 livros? Para estabelecer que em 2025 lerei no mínimo 12 histórias com gêneros e autores diferentes.
Muitas vezes nos acomodamos e deixamos os dias passarem. Depois eu leio... Começo na semana que vem... Eu preciso encontrar algo para ler... E assim vão as desculpas que criamos para nós mesmos. E você, que estratégia usa para ler?
E como estamos conversando sobre eles, vou falar um pouquinho de cada um e o motivo de tê-lo separado para leitura. Então vamos lá...
Separei dois livros de não-ficção para ler:
O Herói de Mil Faces de Joseph Campbell. Comprei essa nova e bela edição que traz ilustrações e comentários.
Lançado em 1949, o livro fala sobre a importância do mito e das histórias para a humanidade. Mas a obra também aborda o tema do herói dentro dos mitos. Essa jornada do herói é um modelo usado por escritores, roteiristas, cineastas e aos interessados que desejam construir enredos e personagens.
O Caminho do Artista de Julia Cameron. A autora é criadora de um método chamado The Artist´s Way – O Caminho do Artista - que há 25 anos ajuda artistas, escritores e profissionais em geral a usar a própria criatividade.
A obra está na minha estante há algum tempo e, esse ano, resolvi começar a estudá-la. O guia é um manual com relatos, citações, exercícios, tarefas e uma checagem semanal. Um programa de 12 semanas de comprometimento e trabalho. Um aprendizado que começa com nós leitores, a nos incentivarmos a cumprirmos todas as tarefas propostas.
Os demais são livros de ficção. E já iniciei três deles:
Mar da Tranquilidade de Emily St. John Mandel. Da premiada autora do best-seller 'Estação Onze'. A história traz um romance pós-apocalíptico com alguns elementos que eu gosto de encontrar em uma obra, como viagem no tempo, amor, arte e pandemia.
Robô Selvagem de Peter Brown. Uma inspiradora e emocionante história que nos convida a refletirmos sobre o amor e o meio ambiente que nos cerca.
Indicada ao Oscar de Melhor Animação 2025, traz a história de Roz, um robô que após um tornado se vê acordando em uma ilha. Sem saber qual é seu objetivo naquele local, Roz precisa se adaptar à nova realidade e sobreviver em meio aos animais, observando e realizando tarefas. Fruto de oito anos de dedicação do autor, o livro traz lições sobre bondade, relacionamentos e impacto ambiental.
Tormenta de C.J.Tudor. Gosto muito das histórias desta autora inglesa. O início dos capítulos de seus livros é sempre com uma página preta que me lembra que eu estou lendo uma história escrita por Tudor.
Neste novo livro, encontramos capítulos intercalados por três narradores – Hannah, Meg e Carter. Três pessoas que correm risco de vida por estarem em uma situação, em que não conseguem sair de onde se encontram. Em cada lugar há um assassino cuja identidade nenhum deles sabem.
Já esses são livros que trazem histórias de suspense, romance, mistério e ficção.
A fantástica farmácia literária de Monsieur Perdu, sequência do best-seller 'A livraria mágica de Paris'.
Uma história para amantes de livros que acreditam no poder curativo da literatura e dos encontros que a vida nos proporciona. Um convite para embarcarmos na barcaça do livreiro Jean Perdu e fazer uma longa e bela viagem pelos canais franceses!
O Hóspede Misterioso de Nita Prose. Alguém se lembra de Molly Gray, a narradora de ‘A Camareira’? Estava procurando pelo livro na minha estante e vi que li a obra em 2022. Como o tempo passa! Para quem estava com saudades do texto de Nita Prose, como eu estava, a autora escreveu um segundo livro com a personagem Molly.
A camareira-chefe do Hotel Regency Grand tem seu mundo virado de cabeça para baixo, quando o famoso autor de livros de mistério J. D. Grimthorpe cai morto no salão de chá do hotel.
A Bruxa de Near de V.E. Schwab. Em 2023, li da autora a Graphic Novel 'ExtraOrdinários'.
Nesta nova história conhecemos os habitantes de uma aldeia chamada Near. Eles vivem, amam e morrem entre si, sempre à sombra do vento incessante. Lexi Harris já se conformou com isso e tenta combater o tédio caminhando pela charneca e visitando as irmãs Thorne, as únicas bruxas da cidade. Porém, a inesperada chegada de um estranho abala as pacatas estruturas da cidadezinha. De onde ele veio? Por que parou ali? Não bastasse a presença de um desconhecido, a chegada dele traz consigo acontecimentos trágicos: as crianças da cidade começam a desaparecer uma a uma, sumindo de suas camas durante a noite sem nenhuma explicação.
Morte, doce morte de Craig Rice. Estou curiosa e ansiosa para conhecer sua história que deu origem ao filme ‘Lar, Doce Tortura’ de 1946. Além disso, adoro o formato dos livros da editora que sempre são práticos de carregar e lindos com suas capas duras e folhas de guarda decoradas.
Um crime adormecido de Agatha Christie. Gosto muito dessas edições por trazem curiosidades sobre o livro, notas ao final de cada uma das edições e uma abertura diferente para cada um dos detetives da autora. E o melhor, a data da publicação original dos livros em língua inglesa.
Na história, uma jovem se muda junto ao marido para uma mansão litorânea. Ela não imaginava que seria assombrada pela visão do assassinato de uma mulher estranhamente familiar. Apavorada e sem saber se o crime realmente aconteceu ou não, a mulher não tem alternativa a não ser invocar a única pessoa capaz de desvendar este caso: Miss Marple.
Vou te receitar outro gato de Syou Ishida. Desde que comecei a ler literatura oriental, me apaixonei por suas histórias e escritas. Há tempos desejava ler obras contemporâneas escritas por autores asiáticos. Quando as editoras brasileiras começaram a publicar, não hesitei e me tornei uma assídua leitora. Essas obras figuram como ‘ficção de cura’ (healing fiction) e trazem histórias sensíveis que aquecem nossa alma e o nosso coração.
R.U.R. – Os robôs universais de Rossum de Karel Čapek. A obra é traduzida direto do tcheco e o autor nos transporta para um futuro em que todos os trabalhadores são robôs.
Quando a fórmula de fabricação desses autômatos é alterada para torná-los mais irritáveis e capazes de odiar, a revolta é inevitável e o futuro da humanidade se transforma em uma catástrofe sangrenta sem precedentes.
A história traz temas atuais, como o medo de inteligências artificiais e o uso das tecnologias. Interessante dizer que a palavra “robô” foi inventada nessa peça de teatro tcheca publicada em 1920.