Encontros de Escrita

 

Olá! Hoje começa os nossos encontros sobre escrita e estou feliz por ter a companhia de vocês! Serão bate-papos descontraídos sobre a arte de escrever, a arte de contar as nossas histórias. E o que eu sempre ouço é: Como posso contá-las? Por onde devemos começar?

A resposta é simples: comece contando.

Primeiro é preciso sentar-se e começar a escrever. Você verá que as ideias surgirão sem inibição. Neste momento, pegue seu caderno ou bloquinho de anotações e comece a escrever o mais rápido que puder, anotando cada palavra, lembranças, sensações.

Não permita que as ideias fujam.

Mas como tornar essas palavras compreensíveis aos outros? Trabalhando as ideias que precisam ser moldadas, lapidadas e tornadas coerente para quem irá ler. Aperfeiçoadas para que deixem de ser apenas um esboço e se transformem em algo concreto.

Quem escreve precisa ser capaz de exprimir seus sentimentos e suas ideias através de palavras.Ser capaz de se fazer compreender.

Mas como conseguir captar essas ideias que no início são apenas um produto da nossa mente? Como tornar algo construído pela nossa imaginação em algo visível e real?

Ter ideias não é uma ação difícil para mentes criativas. Entretanto, é preciso saber capturar esses pensamentos flutuantes que apenas seus criadores conhecem e prendê-las em um único local: Nas linhas de uma folha de papel.

Experimente escrever sem preocupar-se com cada palavra escrita. Deixe sua mão manter-se em movimento e escreva sem parar, reler, corrigir. E escreva o que você está pensando e sentindo, sem dizer para si mesma (o) que não há lógica naquilo que você está criando. Você verá como o seu texto soará mais verdadeiro e honesto. É assim que um escritor escreve.

Haverá trechos constrangedores de tão tolos? Sim. Erros de ortografia, pontuação e gramática? Sim. Ideias inesperadas? Sim. Muitas rasuras? Sim. Mas haverá um texto.

 


O tema de hoje é: O hábito da escrita. 

Você pode estar se perguntando, mas a escrita precisa ser praticada? Sim, assim como a leitura. Quando escrevemos com frequência, nos tornamos pessoas com maior facilidade para expressarmos nossas ideias e sentimentos. Contar uma história, escrever uma redação ou uma simples carta.  

Você escreve com que frequência? De vez em quando, alguns dias da semana, diariamente? Minha dica é que você deve escrever todos os dias. Um bom exercício é ter uma agenda diária ou um caderno no qual possa escrever sua rotina, suas tarefas ou suas ideias. O importante é estar com a mão sempre em movimento, preenchendo as linhas de uma página em branco. Folhas que você não precisa mostrar para ninguém. Textos que você guarda em seu caderno e com o qual compartilha apenas consigo mesmo.



Hoje conversaremos sobre Como nos organizar para escrever. Parece algo bobo ou inútil para você? Parece, mas não é.

Escrever é um ato que requer planejamento. Não é apenas um desejo. Você não se senta de frente a um computador ou a uma folha de papel em branco e diz, “Vamos começar”. Antes deste ato, há outros anteriores pelos quais você precisa passar.

Primeiro, você precisa definir sobre o que você deseja escrever. Qual é sua ideia, tema e história? Você pesquisou sobre esse assunto? Leu matérias, histórias ou assistiu a depoimentos? Possui domínio sobre o tema que você deseja escrever?

Segundo, você precisa conhecer o motivo pelo qual fez a escolha do tema. Terceiro, você já escolheu seu lugar de trabalho? Há sempre um lugar que nos inspira a escrever. Um espaço privativo em que nos sentimos descansados e criativos, onde nossa história ganha vida e ritmo, pois uma mesa de trabalho bem organizada contribui para um trabalho bem executado. Não se esqueça também de determinar os dias e horários que reservará para essa atividade.

Como tudo que fazemos escrever é um trabalho árduo que necessita de dedicação e organização. Um trabalho sério e solitário que exige disciplina, auto incentivo e dedicação.



Olá! Domingo! Hoje o dia amanheceu com temperatura amena e convidativa para uma caminhada. E com esse dia tranquilo, aproveitei para começar a organizar minhas leituras e estudos dos novos livros de J.R.R.Tolkien. No fim do ano passado, comprei dois livros para a minha coleção: ‘O Hobbit Anotado’ e ‘A Natureza da Terra Média’. E ontem comprei ‘O Atlas da Terra Média’. São livros lançados pela editora HarperCollins que eu ainda não tinha na minha coleção.

Vocês podem estar se perguntando o porquê eu leio e estudo Tolkien. Todo escritor tem um autor que o inspira em sua escrita. Estudo o texto, as histórias, a escrita de Tolkien desde o início da década de 2000, quando os livros do autor ainda não tinham começado a ganhar projeção com suas adaptações para as telas do cinema pelo diretor neozelandês Peter Jackson.

Lembro-me quando encontrei meu primeiro livro do universo tolkieniano. Era uma tarde chuvosa de sexta-feira e a livraria estava tranquila. Minha intenção era a de encontrar um livro para ler nas próximas semanas. Um livro que trouxesse uma história complexa e original.       

Então, após uma longa procura encontrei um pequeno livro. Discreto, com uma capa azul claro com losangos de uma tonalidade de azul mais escuro, a obra estava ao lado de outra, que se chamava 'O Senhor dos Anéis'. Comparada aos outros livros, 'O Hobbit' não possuía nenhum charme. Mas assim que o tomei em mãos e folheei suas páginas, senti que faria uma longa viagem através de suas vastas terras.

E foi isso o que aconteceu depois de conhecer um pequeno e simpático hobbit, que vivia nas verdes Colinas do Condado. Num lugar onde a grama era bem aparada e tinha portinhas redondas que abrigavam um hospitaleiro e feliz povo de pés grandes e peludos. Era o início de uma amizade duradoura.

Mas qual o motivo de eu estar contando tudo isso para vocês? Primeiro, para incentivá-los a ler; segundo, para demonstrar que um escritor precisa estudar, pois escrever exige não apenas aptidão, mas também técnicas e terceiro, para dizer que todo escritor possui um autor que o inspira e o conduz pelo mundo das palavras.

Quando iniciamos no ofício da escrita, nosso texto se assemelha ao estilo do escritor cujas obras lemos e admiramos, mas isso não é motivo para nos preocuparmos. Com o tempo nosso ‘jovem escritor’ irá moldar sua escrita e passará a ter seu estilo. E com o passar dos anos, seu texto passará por grandes mudanças até chegar à ‘maturidade’ e ser reconhecido pelos seus leitores.


O assunto dessa semana é ‘Como encontrar ideias’. Afinal, por onde começar? Essa é a pergunta que mais escuto de muitas pessoas com as quais converso e os e-mails que recebo dos leitores do blog*

Há quem pense que encontrar ideias é uma ação complicada. Ao contrário, as ideias giram em volta de nós. Giram a todo o momento. O que precisamos é estar atentos para enxergá-las. Você pode encontrar uma ideia caminhando em um parque, observando uma paisagem, ouvindo uma conversa, assistindo a um filme, ouvindo uma música, lendo um livro.

E a ideia não virá pronta, detalhada, clara. Ela surgirá de repente e por isso, devemos estar sempre atentos. Pode ser uma frase, uma palavra, uma cena. E para não a perder precisamos ser rápidos e transcrever o que vemos e sentimos em uma folha de papel. Rápidos, sem nos preocuparmos com a construção das frases ou com o sentido das palavras, pois a ideia pode surgir num vislumbre. E você não precisa desenvolvê-la no minuto seguinte. Pode guardar a ideia para voltar a ela no dia ou na semana seguinte. Não é preciso pressa.

Pratique esse exercício nos próximos dias e veja como as ideias surgem para você, pois elas sempre aparecem quando as desejamos.

Um bom domingo!

*Se você tem dúvidas ou deseja conversar comigo sobre Escrita ou Leitura, fique à vontade para me enviar um e-mail. Irei adorar bater-papo com você. Sugestões também são bem-vindas para falarmos mais sobre esse assunto. Meu e-mail: vivianemfranca70@gmail.com