Lendo Agatha Christie

Há livros que nos caem em mãos sem que percebamos o quanto eles são bons. Assim foram os livros da escritora inglesa Agatha Christie. Quem iniciou as leituras das séries da autora foi, na verdade, minha irmã caçula. Era terminar um livro para iniciar outro em seguida.

No final do ano tínhamos lido quase todos os títulos disponíveis na biblioteca. Enquanto eu lia uma história de Hercule Poirot, ela mergulhava em um caso de mistério e crime ao lado de Miss Marple. E havia um pacto entre nós duas. A de jamais comentar sobre a história que estávamos lendo. Dividimos apenas dois livros, que lemos juntas. Cada uma em um horário diferente. Quem lia de manhã tinha que ceder para a outra ler à noite. As histórias eram “O Caso dos Dez Negrinhos’ e ‘Assassinato no Expresso do Oriente’. Dois dos meus livros prediletos com finais intrigantes e inesperados.

Ler as obras da escritora inglesa Agatha Christie é sempre divertido. Como? Mas não são histórias com assassinatos? Você pode estar se perguntando. E a resposta é sim. E todas seguem a sequência que todos nós, leitores da autora, já conhecemos: uma morte misteriosa e inexplicável, seguida do aparecimento de um elegante detetive belga conhecido como Hercule Poirot ou de uma simpática senhora detetive amadora chamada Miss Marple. Mas essa previsibilidade é o que todos nós fãs adoramos. 

Em 2024 quero convidar vocês para lerem ao meu lado, sem precisar dividir o livro...rs..., as histórias da autora. Serão leituras tranquilas, sem datas de término de leitura, que faremos ao longo do ano. Para mim, o que mais me diverte lendo Agatha Christie é o clima de suspense, quebra-cabeça e reviravoltas de suas tramas. Histórias que devem nos entreter, nos divertir e transformar cada um de nós, em um detetive.

“Um crime adormecido’ publicado em 1976, segundo as notas da obra, foi um dos dois livros que a autora guardou em um cofre para preservá-los, durante a Segunda Guerra Mundial. O segundo foi ‘Cai um Pano’. Livros importantes por trazerem os últimos casos, respectivamente, de Miss Marple e Hercule Poirot.

Na história, quando a jovem Gwenda se muda junto ao marido para uma mansão litorânea, não imaginava que seria assombrada pela visão do assassinato de uma mulher estranhamente familiar. Apavorada e sem saber se o crime realmente aconteceu ou não, a mulher não tem alternativa a não ser invocar a única pessoa capaz de desvendar este caso: Miss Marple. Porém, quanto mais fundo cavam para desenterrar a história, mais claro fica para elas que, talvez, alguns mistérios devam permanecer adormecidos…